28 de jan. de 2010

Em alguns momentos eles falam por nós.

Às vezes lendo um livro, ou poema ou mesmo algum texto de um(a) autor(a) de repente tomamos um susto, paramos, respiramos, relemos o trecho que nos causou esse certo estranhamento e espantados dizemos a nós mesmos – é isso o que eu sinto; ou então – é isso o que eu penso; e talvez – ele(a) escreveu isso pra mim. Acredito que Clarice (Lispector) é expert em fazer isso conosco. No entanto recentemente uma outra escritora me surpreendeu, não tanto pela obra, pois confesso que esperava mais (mesmo assim continua adorando ela), mas pelo trecho abaixo que é quase uma tradução de mim, troque o gênero e Fernanda Young praticamente escreveu o seguinte trecho de Efeito Urano para mim, mesmo sem nem saber que eu existo. Ou melhor, para eu proferi-lo em alto e bom tom para todos e em todos os lugares neste momento da minha vida.

“... Eu não sou boa. Sou uma pessoa muito bonita. Generosa e linda – e quem aguentar, aguentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu.”


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