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8 de set. de 2019

em um deserto de alma
o corpo é apenas mais um souvenir 
exposto na tela, na noite, na orla
umas imperfeições e fraquezas 
e entrega me interessam muito mais que 
tanta "beleza" fabricada

13 de ago. de 2019

tenho feito e refeito planos para o futuro. a princípio, teu sorriso me acompanharia em diferentes momentos, paisagens, momentos que não imaginara viver. agora, retraço os itinerários, acomodo a ausência, substituo sua presença por outros olhos, outros sorrisos. preencho o teu silêncio como vozes conhecidas. espero encontrar outros corpos. verdades. segurança. 
aqui ainda esfria, teu calor já não é uma sensação, mas uma lembrança longínqua. há momentos em que tudo dói. outros em que me acalmo e busco entender sua partida anunciada aos poucos, sem, nenhuma palavra. como se eu não fosse perceber, mas percebi. e preferia a palavra. eu me acostumo com vírgulas, pontos finais e outros parágrafos. mas as reticências me incomodam profundamente. não cabe a mim decifrar o que sua covardia lhe impediu de dizer. 

22 de jul. de 2019

Ilha

o barulho das águas provocam 
o mais profundo silêncio em mim
as águas ensinam a envolver 
a embalar, arrebatam,
mas também ensinam a deixar livre,
partir quem já não quer ficar, 
regressar a outro porto, 
perder-se na imensidão sem fim. 
meu desejo ilha, precisa saber 
a ser mais água 
e menos terra segura que deseja reter.
a lição é transmitida, mas tão dura de aprender
transbordam em exuberância quem com 
as águas aprendeu ser. 


14 de jul. de 2017

gim tônica

a tua ausência doeu, doeu muito, doeu demais. 
a tua presença doeria, talvez um pouco menos, 
mas me mataria a cada instante. 
eu virei as costas, me segurei para não desmoronar 
bebi um litro d'água 
e saí cambaleando, 
tonto de dor. 
a dor e a tua ausência me acompanharam
no trabalho, na festa, na cama, na hora do jantar
eu convivi com ela, 
como quem suporta um torcicolo, uma unha encravada, 
um câncer no estômago. 
eu fui até o Fim!
ou encara ou encarava 
e no final um de nós venceria

eu engoli a dor, 
mas não engoli a seco. 
mastiguei meu coração, 
tinha o gosto de sua boca. 
engoli a dor com grandes goles de gim 
que tem o sabor mais forte, presente e inesquecível que o teu. 

5 de jun. de 2017

Diversas vezes me disseram que eu estava agindo errado.
Aí vem você e prova que, como eu acreditava, eu não era o errado,
apenas ainda não tinha encontrado a pessoa certa!

2 de nov. de 2016

Meus amigos podem até dizer que eu espero demais da vida, das pessoas, dos amores,
mas não é verdade.
Eu só quero o mínimo:
uma história que se compare
a uma novela das 23h brasileira
a um pornô alemão
a um romance russo com mais de 600 páginas.
Se não for assim, não quero mesmo.
É pouco demais para mim. 




17 de jul. de 2016

Sobre a tranquilidade

Não adianta livro de autoajuda, conselho de amigo, desabafos intermináveis por horas no telefone. Às vezes, nem terapia, reza brava, banho de ervas resolve. Há angústias e tristeza que vão embora numa noite qualquer, quando você está largado na cama com o seu pior moletom. Como se um sino soasse e um capítulo novo pudesse escritor naquela madrugada, sem que a borda da página ficasse manchada de lágrimas. Não há segredo, há tempo. Ele que tudo cura, ameniza ou tranquiliza. Ele que nos faz ter certeza que só poderíamos perder o que um dia foi nosso. Caso contrário não foi perda, mas outra coisa qualquer... 



Imagem: http://img.mindbodygreen.com/image/upload/c_limit,w_738,f_auto/ftr/ChantingOMYoga660.jpg

15 de mai. de 2016

5 de mar. de 2016

17 de dez. de 2015

Filme em preto e branco

sobre I.

a memória não se apaga facilmente
há as ruas percorridas
as fotografias escondidas 
o perfume persistente
a tua não-presença 
torna a minha vida um constante filme em preto e branco

11 de jul. de 2015

Se - conjunção subordinativa condicional

Se você vier e quiser arriscar algo comigo é bom estar preparado: Coleciono fracassos sentimentais, que não me impedem de me atirar e me arriscar sempre que o coração acelera, a barriga gela e o ar desaparece por alguém. Acostume-se a minha sinceridade. Sou egoísta/possessivo, portanto quero alguém por inteiro, sem lances sendo terminados ou outros que podem começar. Não entenda a minha facilidade em dizer adeus como um indício de que descarto facilmente meus sentimentos, pelo contrário, sofrerei meses, irei chorar, lamentar sobre isso, me desesperar ás vezes, mas a dor eu aguento, mendigar amor não!

30 de mai. de 2015

Te espero

B.

...nossa história é de um outro tempo. Que não nos é permitido saber o qual. A velha máxima de pessoas certas que se encontram no momento errado. Felizmente, nem eu, nem você está embarcando a semana que vem para um ilha no Pacífico, muito menos está de casamento marcado com outra pessoa. Como já disse Caio:  "O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem." Oxalá que haja um reencontro no futuro, porque o carinho será guardado até lá ou até todo o sempre. Refiz vários dos meus planos, mas tem um espaço pra você em cada episódio da minha história. Eu te encontro no futuro. 

Com amor...
C. 

17 de ago. de 2014



É preciso: 
virar a página
saltar do carro em movimento
fechar a porta e nunca mais voltar a bater
mudar os ares, 
de cidade,
de país
quem sabe de continente
queimar fotografias
redistribuir os presentes
formatar o HD
pintar as paredes do quarto
apagar as memórias
enterrar os seus restos
te mandar a puta que pariu
mas ainda não consegui dizer adeus

16 de ago. de 2014

entre rostos, bocas e corpos que sobrevivem na memória
há sempre aqueles que tornam esses momentos de silêncio e solidão
momentos de dúvidas hipotéticas de se:
tivessem ficado, correspondido, insistido.
Talvez a cama coubesse mais um
a cidade não seria tão grande para um solitário sozinho
a chuva fina que caí lá fora não serviria como desculpa para se
      [enfiar sob os cobertores e esquecer que afinal é sábado à noite
a angústia seria menor
talvez

nada é certo 
só a velha dor que insistiu em dar as caras! 

7 de jun. de 2014

É a vida
se refazendo
e se desfazendo
na menina de beleza
encantadora
no guri de olhos
espertos 
no senhor que
fechar os olhos
para o sono eterno

há dor e beleza
em tudo

17 de mai. de 2014

Há ausências demais para serem contabilizadas. Eu não me arrisco a fazê-lo. Não é que a vida tenha sido difícil nos últimos meses. Pelo contrário, as coisas vêm dando certo ultimamente. Mas, quando a festa acaba, as pessoas vão embora, eu fico só. Depois de um dia de trabalho, de correr pra cima e pra baixo, falar com um, com outro, falar com muitos ao mesmo tempo, a noite caí, eu estou só. O resultado é o desejado: conquista, alegria, alguns parabéns, mas eu volto para casa não tem com quem comemorar nada, volto a ficar só. Pra quê tudo isso, se acaba sendo várias batalhas solitárias? Na derrota ou glória, não importa, somos eu e eu mesmo. Qualquer esperança de que o cenário possa mudar em breve e alguém se arrisque a me acompanhar em tudo isso acaba resultando em silêncio, ausência, decepção...
E ao me perguntarem: "O que tornaria seu fim de semana melhor?". Me deparo respondendo de forma melancólica, mas espontânea: uma companhia. 

27 de mar. de 2014

psiu...

Você pergunta: tudo bem?
Eu respondo: Estou bem e você?
Você responde: Tô bem, também. 

Eu menti pra você. Tenho feito isso às vezes, sobretudo, quando me perguntam "tá tudo bem?". Não. Não está nada bem. Era essa a vontade que tive, te dizer a verdade: que tudo está péssimo; que você acabou com a minha tranquilidade, destruiu meu equilibro. Queria te contar que passei o sábado e o domingo jogado na cama pensando em você. E, que ainda não consegui ler o livro que você me deu no natal passado, pois toda vez que pego nele lembro de você, de nós na fila do ônibus e minha vista fica embaçada de lágrimas. Queria te contar que me sinto um idiota, há mais de 60 dias não te encontro, mas quando eu fecho os olhos é o seu rosto que eu vejo. Que me envergonho, também, por desejar que você de repente perceba que eu sou melhor que o seu namorado, e volte atrás e me peça perdão, e peça pra voltarmos. Eu tento me convencer que não te quero mais, mas meu coração não quer obedecer; e apesar de você ter sido o maior de todos os filhas-da-puta-mentirosos eu ainda te quero. Preciso achar um outro cinema para ir, porque desde que você desistiu de nós nunca mais tive coragem de voltar aos cinemas da Augusta, eu lembraria de você a cada segundo. Besteira. eu ainda lembro de você todos os dias, mesmo no escuro. Eu ainda queria te contar que de um mês pra cá as coisas começaram a melhorar, mas não vejo motivos para comemorar, porque tudo o que está acontecendo eu esperava comemorar com você, afinal, no começo de algumas e no meio de outras foi pra você que contei o que eu esperava alcançar e contigo dividi as irritações e frustrações de boa parte delas... 
Enfim, eu tenho omitido muitas coisas. E se me perguntar, mesmo que esteja prestes a enlouquecer de tanta saudade-raiva-amor, direi que estou bem! 


Foto by: Jordan Tiberio
(Conheçam a história da foto aqui

P.S. C. para B!

11 de mar. de 2014

O Fim

Há coisas inevitáveis. Outras passamos por burrice. Outras porque nem todo mundo que cruza nosso caminho sabe o significado das palavras sinceridade, lealdade, verdade. Eu evitei até onde pude sentar diante do computador para escrever sobre o fim, mas como diz uma amiga: é preciso sublimar.
Escrever também sempre foi um ato de vingança, de colocar pra fora minha revolta, minha tristeza. Vomito em palavras o que ainda ficou entalado no meio da garganta. No caso minha decepção. Eu não picharei seu muro, não escrevei cartas anônimas, nem mensagens inconvenientes no Facebook. Não faz o meu estilo, eu digo na cara, viro a mesa, mando ir para a puta-que-o-pariu sem pensar duas vezes. Mas quando eu digo "eu gosto de você", é porque eu realmente gosto de você. Em breve esse verbo estará no pretérito perfeito, não duvide disso.
Tudo tem começo-meio-fim, o fim na grande maioria das vezes é a pior parte. No entanto, mesmo assim há maneiras dignas de dizer adeus, tô indo, não dá mais, não é você que eu quero na minha vida. Nenhuma dessas frases é fácil de se ouvir, mas primeiro dói, depois a gente entuba a dor, ergue a cabeça e segue em frente. Mas, meias-palavras, coisa escondida, desculpas insólitas, sinto informar: não ajudam em nada, ainda que a "boa intenção" seja não magoar ninguém. Tá, e o inferno como anda?! Tudo isso caí por terra e a gente sofre, e a dor acaba virando ódio, e o ódio acaba virando mágoa, e o começo e o meio da história que foi lindo a gente se esforça pra esquecer. Afinal, o fim foi nojento. 
Eu não sou fácil eu sei disso, como já disse a Fernanda Young, "nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu". Mas nunca obriguei ninguém a ficar do meu lado. Nem pedi para ser poupado das verdades da vida. Aliás, sempre admirei gente honesta, que diz o que quer, pensa, sente... doa a quem doer. Se ficar sozinho é o preço a pagar para ser como eu sou, eu banco. Alto de mais seria ter que fingir uma coisa que eu não sou, para ter você ou quem quer que fosse ao meu lado.  
Não podemos controlar o mundo. Nem as pessoas. Então da próxima vez, que não será comigo, má-nem-fodendo!, não arme um mundo lindo onde todos saem felizes e contentes, enquanto um trocha acredita numa mentira, porque quando a verdade aparecer, o trocha sofrerá muito mais. 
Para finalizar, no fim o que resta são os livros, as músicas e as lembranças que de algumas pessoas são recordações, de outras são fantasmas que nos assombram. E quando mais conheço os seres humanos, mais admiro os gatos, as cobras e as corujas...    

Fim!

9 de fev. de 2014

Eu, nada

Segunda, quando não, terceira opção. Tapa buraco. Substituto. Supérfluo. Substituível. Facilmente descartável. Um zero à esquerda. Facilmente esquecível. Minha família me esqueceu no zoológico quando eu era criança. Poucos professores lembravam o meu nome, alguns nem lembravam que eram meus professores. Alguns conhecidos, quando precisam, até se lembram, mas como não sou rico, nem bem relacionado, nem tenho poder nenhum, eles raramente precisam de algo. Meus amigos, esquecem meu aniversário, esquecem de me desejar feliz natal, mas tudo bem eles eu perdôo. Acho até que alguns que juraram me encontrar no fim de semana seguinte, ou me ligar no dia seguinte, esqueceram de mim, do meus nome, ou do número de telefone. O fato é que não sou inesquecível, imprescindível, necessário para ninguém. Um outsider cuja a existência é quase nada... talvez um erro despercebido da natureza! 

26 de jan. de 2014

Quem foi que disse que todo sorriso é de alegria? Ás vezes, sorrio porque não quero que todos saibam o caos que está minha vida. Nem que a vida tem sido bem dura, nem que tudo tem sido bem difícil. Há os que sorriem diante das surpresas que a vida lhes joga no colo, eu sorrio para disfarçar que apesar de todo esforço, de muito empenho, de tanto desejo sempre acabo morrendo na praia. Sempre fico a um passo de..., há sempre um porém, contudo, infelizmente...