26 de nov. de 2011

IMperfeitoS

me olhe, mas me enxergue como eu realmente sou
mesmo que não me entenda, sorria, tudo fica mais simples assim
me abrace, mesmo quando eu já tiver perdido a razão
se irrite com as minhas neuras e crises de riso fora de hora, mas esqueça depois
desculpe a minha sinceridade, perdoe meu mau humor
ria do meu erro, mas me ajude a acertar
mesmo ausente, se faça presença constante
entenda que não sou perfeito e também não tente ser, por favor

24 de nov. de 2011

dos caminhos

- cuidado para não se perder! 

(na verdade, é o que estou precisando ultimamente. me perder pra me encontrar, me descobrir, me reinventar, mais uma vez, em um caminho desconhecido e inesperado)

- pode deixar, não vou, hoje ainda é quinta-feira, quem sabe amanhã...

20 de nov. de 2011

sem arrependimentos


volte
não vá
não diga nada
ou então
diga uma única palavra
desculpe
aceite
os beijos
os erros
as coisas inaceitáveis
aceite
ligue
nem que seja uma vez mais
tente
conquiste
reconquiste
deseje
fale
chore
ria
abrace
suspire
enfrente
os medos
a distância
a chuva
a incerteza
afinal
certezas não existem
apaixone-se
jamais desista
apenas reconsidere as escolhas
viva
aja

pois o maior arrependimento será não ter tomado atitude nenhuma

18 de nov. de 2011

So we'll go no more a roving

 Lord Byron
So, we'll go no more a-roving
So late into the night,
Though the heart be still as loving,
And the moon be still as bright.
For the sword outwears its sheath,        
And the soul wears out the breast,
And the heart must pause to breathe,
And love itself have rest.
Though the night was made for loving,
And the day returns too soon, 
Yet we'll go no more a-roving
By the light of the moon.
 

15 de nov. de 2011

Abrindo o livro de páginas já um pouco amareladas, não pude deixar de sentir um cheiro que é seu, do seu canto, sua casa, sua terra com brisa marinha e um sol para iluminar seu dia. 

Não pude deixar de grifar com um fino traço a grafite: 

Não é coragem que me faz escrever; é amor.  (Bernardo Carvalho)

13 de nov. de 2011

11 de nov. de 2011

Das coisas inesquecíveis


O que é inesquecível? O que merece ser categorizado nesta categoria e consequentemente não ser esquecido?

Não precisa algo mega complexo, grande, caro ou diferente. Quase nunca é. Basta ser intenso e verdadeiro, uma dessas coisas simples que são absurdamente difíceis de serem alcançadas.

O delicioso café da tarde com uma grande amiga poderia ser, mas o dia em que tomamos um completo banho de chuva, enquanto voltávamos da Blockbuster, ambos sem guarda-chuva, é que é inesquecível de verdade; como rimos naquele dia enquanto enviamos os pés nas poças que se formaram.

A balada inesquecível não é aquela que bombou literalmente, mas aquelas em que poderiam ter sido um verdadeiro fiasco, e foram para muitos, menos para mim e para alguns daqueles meus amigos que fazem tudo ficar bem melhor.

Aliás, o que faz de meus melhores amigos inesquecíveis não é o fato de eles terem me jurado amizade eterna, mas sempre estarem presentes quando o bicho pega. 

A conversa inesquecível com minha mãe não foi aquela inicia pela frase, precisamos ter uma conversa séria, mas aquela que surgiu de repente numa manhã chuvosa de domingo enquanto estávamos debaixo das cobertas vendo sei lá o que na televisão. 

Os pratos inesquecíveis na minha memória palatal, não estavam no super restaurante da Haddock Lobo, mas na macarronada na casa da avó-materna, o feijão da avó paterna, ou o arrozinho de mãe que fica pronto em minutos. 

As aulas inesquecíveis que tive foram daqueles que tem a humildade com a principal característica.

O presente inesquecível veio quando não esperava.

O elogio inesquecível brotou numa conversa de cinco minutos em corredor. 

O beijo inesquecível foi roubado.

O que é inesquecível, na verdade, tem grande chance de passar despercebido diante de todas as outras coisas.

2 de nov. de 2011

Fragmento de um desses diálogos que cala a nossa voz e enche nossos olhos


- ainda é tudo muito difícil, né?
- é. parece que não, mas é como se aquela primeira semana depois da morte de C. não acabasse nunca... primeiro eu não me acostumei com a ideia da perda; depois quando eu percebi que estava me acostumando eu desabei e me esforcei ao máximo para desacostumar com a casa vazia, com um lado do guarda-roupa sem nada, com o outro lado da cama sem ninguém... é como se eu devesse isso a ele, a nós, por tudo o que a gente viveu, sabe?
- uhum... 
- mudar de casa, de bairro até que ajudou quando eu percebi que tinha que continuar vivendo, mas até hoje é como se eu estivesse pela metade. 
- vocês sempre foram o meu casal de comercial de margarina (risos)
- nada, sempre fomos dois porras-loucas de tudo... sabe, pode parecer clichê, mas desde que tudo aconteceu, e depois de pôr a minha cabeça no lugar, tem uma coisa que eu sempre penso: que se alguém, qualquer pessoa ou qualquer coisa me oferecesse um único pedido, um único desejo, só um eu não pensaria duas vezes... eu só queria um minuto, um minuto pra ouvir o C. falando "fala coração" e ver o sorriso dele novamente por alguns segundos....

(depois disso muitas lágrimas dos dois lados da mesa)


desconselho

...conseguimos superar qualquer um, quando decidimos ser, ou sem perceber somos cruéis com nós mesmo...