25 de mai. de 2013

dos conselhos, ou dos sorrisos de um sábado à tarde...

(ou sobre w.)

conselhos não existem apenas para serem dados, mas também seguidos. o pior é que não é fácil ouvir aquela vozinha que diz "faz". se qualquer um nos perguntasse devo ou não? a resposta na certa seria "claro", mas quando perguntamos a nós mesmos, aparece sempre inúmeros motivo pra ficar quieto e não mexer no que está esquecido (ou quase isso). até que num ato, que julgamos ser de extrema irresponsabilidade, nos arrisca - damos o primeiro passo, estendemos a mão ou pegamos o telefone e ligamos. e, foda-se o que acontecerá depois, no mínimo há 50% de chance de ter um resultado positivo. para depois de tanto temer e de tanto pensar, passarmos o resto da tarde sorrindo feito bobos. com a sensação de que a coisa certa foi feita, e nem doeu. só ai percebemos que os conselhos que daríamos a alguém podem ser muito bem aproveitados por nós mesmos. 

20 de mai. de 2013

Perfeição só existe à distância?

Porque parece que seria perfeito se te encontrasse por aqui
teu jeito doce, suspeito,  poderia curar as cicatrizes que ainda doem por todo o meu corpo
mas as milhas de distância que nos afasta se tornam mais uma inquietante interrogação 

Por quê? 

19 de mai. de 2013

"Se o mundo parece esquecer,
O que rimou 'eu com você'.
É bem melhor você sumir,
Just like planes do over the sea" 

(Perto do fim - Thiago Pethit) 





P.S. minha trilha para cortar os pulsos no momento. e porque Pethit é o cara! simplesmente o máximo... 

hoje eu só queria um abraço

Porque, às vezes, a solidão corrói até momentos de alegria. Difícil é não ter mais prazos, trabalho atrasado, nem nada para entregar na primeira hora da próxima segunda, pois me deparo comigo e um imenso vazio. Não é falta de pessoas, os poucos, mas mais que bons, amigos estão sempre (que possível) a me rodear e alegrar; não é falta de um corpo qualquer, ou só de beijo, ou só de sexo, isso se encontra facilmente. Mas, eu quero mais que isso. E, mereço mais que isso. É falta de afeto, carinho, cumplicidade. Afinal, uma hora eu devo merecer isso também. E não tem como, em meio a tanta ausência e um bocado de falta, não me perguntar: será que estou fazendo a coisa certa? As escolhas certas? Apostando certo?  Não sei. Talvez isso seja mais um indício de uma tendência obsessiva, depois de ler Freud, mais por obrigação que por interesse comecei a temer tal característica psíquica. Hoje não é meu aniversário, nem nenhuma data especial. Mas, tudo o que eu queria era um abraço, que tivesse o efeito de centenas de palavras. Eu já aprendi palavras não são tudo. Hoje faz mais ou menos um ano e, mesmo eu não querendo, foi impossível não me perguntar onde e como eu estaria agora se os caminhos destes doze meses que nos separaram tivessem sido percorridos a dois... mas caso eu me pegue pensando, "se eu tivesse" ou "se você ao menos tivesse" tenho que lembrar que se não serve pra porra nenhuma, além de gerar mais culpa, insegurança e tristeza. Mas ainda resta a incerteza se o pior é nem lembar ou não conseguir esquecer? Estou precisando virar a página. Escrever cartas e receber respostas nem que elas venham pelo celular às três e cinquenta da mão. Estou precisando de um monte de coisa que nunca tive, mas tudo é incerto e parece distante de mim neste momento. 

13 de mai. de 2013

você me diz, é ele
e eu me alegro.

tenho me alegrado com a alegria alheia,
esperando o meu momento de ser feliz a dois.

11 de mai. de 2013

"Nem o maior dos seus erros
Meus erros, remorsos
O farão sumir..."

A trilha de ontem, de hoje, de agora! Lineker grande descoberta, grande cantor!!! Para os momentos de alegria e aqueles nem tão alegres. 

Mas não era

w.

Quando eu vi na tela do celular um número desconhecido, abri a mensagem sem pensar em nada, podia ser algum amigo, alguém da faculdade me lembrando de fazer uma última coisa naquela sexta-feira, ou querendo que eu anotasse o número novo, ou ainda mais uma propaganda ou golpe típicos de nosso tempo, mas não era. 

Li uma mensagem que fala de saudade, da vontade de me ver, do tempo que não me via, não havia qualquer assinatura, inicial, indício de quem pudesse ter me enviado aquilo. Era tão linda a mensagem. E logo, eu me traí acreditando que fosse você, torcendo pra que fosse você, que aquela mensagem fosse uma espécie de bandeira branca, uma borracha no passado de desencontros, mas não era. 

"Quem é você que está com saudades?" foi a única resposta que me veio a mente, afinal podia não ser você e não caberia eu responder: "também estou com muitas saudades suas, penso em você todos os dias, mesmo me esforçando para não pensar. Me encontra na esquina da sua casa daqui a uma hora?" Essa era a resposta que eu enviaria se fosse você, mas não era. 

Antes mesmo de receber a resposta de quem era, deixando a emoção de lado eu já pude saber que não era você. Bastou analisar aquelas palavras com um pouco de atenção, afinal lidar com palavras é mais do que uma habilidade é parte do meu dia a dia há anos, para lembrar que você jamais diria aquilo, tão docemente. No mínimo iria me mandar alguma mensagem para me fazer sentir culpado de alguma coisa que eu não fiz, e eu iria me sentir culpado mesmo sabendo que não deveria, e no fim eu nem iria me importar, pois quando você me abraçasse ou sorrisse, diminuindo ainda mais os seus olhos, eu entenderia tudo o que você não dissesse através das palavras. Eu até pensava que aquele nosso encontro era para sempre, mas não era.