a tua ausência doeu, doeu muito, doeu demais.
a tua presença doeria, talvez um pouco menos,
mas me mataria a cada instante.
eu virei as costas, me segurei para não desmoronar
bebi um litro d'água
e saí cambaleando,
tonto de dor.
a dor e a tua ausência me acompanharam
no trabalho, na festa, na cama, na hora do jantar
eu convivi com ela,
como quem suporta um torcicolo, uma unha encravada,
um câncer no estômago.
eu fui até o Fim!
ou encara ou encarava
e no final um de nós venceria
eu engoli a dor,
mas não engoli a seco.
mastiguei meu coração,
tinha o gosto de sua boca.
engoli a dor com grandes goles de gim
que tem o sabor mais forte, presente e inesquecível que o teu.
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