9 de fev. de 2014

Eu, nada

Segunda, quando não, terceira opção. Tapa buraco. Substituto. Supérfluo. Substituível. Facilmente descartável. Um zero à esquerda. Facilmente esquecível. Minha família me esqueceu no zoológico quando eu era criança. Poucos professores lembravam o meu nome, alguns nem lembravam que eram meus professores. Alguns conhecidos, quando precisam, até se lembram, mas como não sou rico, nem bem relacionado, nem tenho poder nenhum, eles raramente precisam de algo. Meus amigos, esquecem meu aniversário, esquecem de me desejar feliz natal, mas tudo bem eles eu perdôo. Acho até que alguns que juraram me encontrar no fim de semana seguinte, ou me ligar no dia seguinte, esqueceram de mim, do meus nome, ou do número de telefone. O fato é que não sou inesquecível, imprescindível, necessário para ninguém. Um outsider cuja a existência é quase nada... talvez um erro despercebido da natureza! 

6 comentários:

  1. Calma, tenho certeza que é impressão!

    Abraço!

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  2. carlos, sempre me identifico por demais com esses textos certeiros. parabéns.

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  3. Obrigado Antônio... a identificação é mútua com os seus textos!

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  4. Costumava me achar um grande equívoco da natureza ou de Deus, está escrito em post anteriores rs...mas aí encontrei este teu texto, tão cruél, autodestrutivo até, e nas entrelinhas, ou nas frases, estou lá, talvez num passado, sabe-se lá do futuro...gosto do que li, porque se torna belo à medida que vejo uma verdade nisso. Mas não tou aqui para te dizer deixar disso, respeito a dor, o texto alheio, se me identifico comento, senão. De qualquer forma, caro Carlos Vieira fiquei feliz de ter lido este post. Lavou minha alma.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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    1. Obrigado Jair! Sigamos na espera do momento no qual não nos sentiremos mais esse equivoco!

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