29 de set. de 2013

Maktub



Não importa as voltas que dei, acabei chegando ao precipício, porque eu precisa que me lançar e esquecer tudo. Não adiantou nenhum dos planos feitos e refeitos, porque eu não tinha que concretiza-los. Não fez sentido os sonhos que sonhei insone ou acordado, porque meus sonhos não se tornam realidade. Os pesadelos sim.
Se para Caio F. "o que tem de ser, tem muita força", no meu caso o que Não tem de ser tem muito mais. E isto vai além de ser do contra. 98% de tudo que o que esperei, planejei, desejei acabou gerando resultados completamente opostos daqueles que eu esperava. Para o bem e para o mal, isso gerou surpresas, descobertas, mas também muita frustração, decepção, raiva, dor.
Eu não posso sequer planejar um único final de semana, ansiá-lo durante dois meses e meio, porque a poucas horas dele chegar a vida resolve brincar de traiçoeira e tudo vai por água abaixo em meio a lágrimas, dor e medo. Se a natureza é madrasta, o destino tem sido cruel, insuportável e injusto. 
Maktub diriam os árabes, estava escrito. De certo estava escrito: que eu não desfrutaria daqueles dias que eu tanto aguardei. Ou não poderia viver aquela história tão desejada, porque para um encontro viria uma série de desencontros. Nem mesmo posso me dar ao luxo de sonhar com dias melhores nos próximos meses, pois as reviravoltas da  vida sempre me laçam ao chão novamente.
Irônico é pensar que o surpreendente é quando sai tudo exatamente do jeito que eu esperava.  O que raramente aconteceu. 



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