22 de set. de 2010

stand by

Ando entregue a dureza do real, do pensamento filosófico, de explicar e até viver tudo pela razão. Onde há sempre uma explicação, um motivo, uma interpretação. Ando vendo os dias como eles são, se frios, frios; se há sol, vejo os seus raios e até sinto o calor desta terra tropical.
Mas escondo um desejo secreto: ando mesmo esperando o renascimento de um tempo onde o que impera é a beleza, onde a vida pareça o final açucarado de comédia romântica, com beijos, mãos dadas, flores e declarações de amor (escritas ou ao pé do ouvido). Onde tudo é explicado pela emoção, pelos sentimentos. Onde na verdade não há explicação. Quando esse tempo chegar tudo ganhará uma camada extra de cor. uma alegria que permanece adormecida será despertada, os dias de chuva serão bem vindos para o calor das cobertas e dos corpos; os de sol, serão bem ditos, vindos e vividos, entre luzes novas ainda não vistas, dança, músicas, beijos e paixão.

(obs: o texto é o mesmo mas o título resolvi mudar, sei lá porque.)

Um comentário:

  1. o renascimento desse tempo... depende da chegada de uma outra pessoa? não teria o olhar, recorte estético e natural da realidade, a força do pincel de beleza sobre qualquer realidade dura, lógica? o olhar não apenas dos olhos, mas enquanto possibilidades infinitas de expressão do que ocorre da pele à profundeza da carne. mesmo no dia mais seco e ensolarado, cerrar os olhos, enxergar uma úmidade.

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