29 de dez. de 2013

Isso deveria ser um retrospectiva...

...mas não chega a tanto. O fato é que o ano está acabando, e parando pra pensar retrospectivamente há uma dúzia de coisas boas para agradecer. Eu não vi o ano passando, na verdade, foi tudo mais intenso, do que é de costume, e eu vive intensamente este ano que logo, logo se tornará passado. Não sei se a correria do dia-a-dia que foi alucinante, ou algum aprendizado desses 23 anos (já?), fez com que eu me importasse menos com o que não tinha solução, e desse mais valor ao que realmente importa. 
2013 foi um ano de encerrar ciclos, projetos, momentos. De voltar atrás. De aprender que nenhum capítulo fica sem ponto final. Conheci e revi gente bacana. Saio com um novo saldo de amigos, uma vez que os mais bacanas daquelas pessoas bacanas, acabaram se tornando amigos próximos, presentes e queridos, espero que isso dure muito. 
Ao contrário dos últimos 4 anos, não sofri nenhum baque, nenhuma grande perda, nenhuma dor daquelas dilacerantes que fazem a gente duvidar se sobreviveremos até o outro dia. 
Escrevi menos, muito menos, por pura falta de tempo e não de vontade. (Esse talvez seja o senão do ano). Mas, foi um ano culturalmente rico. 
Cansei, descansei. Ri, chorei (senão não seria eu). Sambei. Andei na chuva, quebrei algumas regras. Quem merecia, mandei ir se foder. Quem merecia ganhou beijos, abraços e sorrisos em horas diversas. Curti a solterice sem nenhum pesar, sem invejar os casais, sem querer cortar os pulsos, para já no finzinho, aos 45 min. do segundo tempo, perceber que eu encontrei quem tanto esperei... 
2013 vai se apagando sem deixar nenhuma sensação de nostalgia ou de arrependimento. Foi um ano bom, de coisas boas, e de apaziguamento!

Valeu!

27 de dez. de 2013

sincronicidade

a porta sempre esteve aberta. os braços, que aconchegavam, nunca prenderam ninguém. entre idas e vindas, alguns passaram, mas se foram definitivamente. a vida levou para outro lado, outro estado, outros lances. eu que já não aguentava mais perder, dizer adeus, sonhar e chorar ouvindo amy, passei a desejar boa sorte, abrir mão, entregar cada um aos seus devidos destinos. na espera de alguém inteiro, me despi de todas as lembranças que meu corpo ainda guardava. só encontraria alguém completamente pronto para se entregar, quando estivesse absolutamente pronto para receber: 

- está esperando alguém?
- você!

...
numa tarde de domingo esses encontros podem enfim acontecer... 

26 de nov. de 2013

Cuidado!

Ao subir as escadas
você pode esbarrar
sem querer
querendo
no homem da sua vida
E
cair
entontecid@
de paixão à
primeira
vista. 

20 de nov. de 2013

sobre tudo, ou para Adília Lopes

Adília deveria
ter escrito:
que diplomas, 
fama, 
empregos e
elogios,
livros e teses
vão por
água abaixo
mas que amores 
me aconteçam

sempre andei atrasado

...carrego minha culpa junto as minhas tralhas, trecos, restos de fantasias, cartões postais, recortes de poesia, fotografias de tanta gente e tanto lugar... sei que adiei, transferi, não respondi. Mas não esqueço que estava inteiro, meu desejo era maior que minhas possibilidade de chegar, de ficar, de não largar mais... mesmo que sempre atrasado, eu tentei!  

10 de nov. de 2013

outro poema de Ricardo Domeneck

É compreensível e até agradeço
pois um ADEUS longo
demais, que porventura dure 
mais que um segundo, acaba
arrastando-se pela vida toda, 
melhor seria não chegar
sequer à segunda vogal,
mas que você desaparecesse
com aquela consoante
linguodental, sim, aquele d, 
já que minha língua 
de agora em diante
há-de tocar somente
meus próprios dentes. 


Ricardo Domeneck

10 de novembro de 2013

w.



hoje eu desejei um abraço teu
que durasse a eternidade
eu aceitaria o convite para
nos mudarmos para marte amanhã
às 3H da tarde
caso você o fizesse
nesse instante
eu seria um homem feliz
se você não tivesse se despedido 
virado as costas
partido

o tempo pode ser o melhor dos remédios
mas ironicamente também é a pior crueldade

*

nunca tente contornar o tempo

*

Não basta explicar aos meus alunos a diferença
entre presente e passado, 
preciso esquecer a ilusão de recuperar o tempo perdido. 

*

Não há volta!

22 de out. de 2013

17 meses

w.

Todas as dúvidas tornaram-se pó
sombra
nada
como o brilho de um olhar (já conhecido)
o seu

3 de out. de 2013

Eu te espero calado! 

Você vai me destruir - Vanessa da Mata 
Está acabando o amor
Você ainda não veio
Não disse, não ligou
Se vem viver comigo
Se me quer como amiga
Se não quer mais me ver
Você vai me esquecer
Você vai me fazer padecer
Está acabando o amor
Você já não me pertence
Eu vejo por aí
Você não está comigo
Nessa nossa disputa
Nesse seu jeito bom
Eu não quero saber
Você vai desdenhar
E vai sofrer
Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz
Está acabando o amor
Você já não me pertence
Eu sinto por aí
Você não está comigo
Nessa nossa disputa
Nesse seu jeito bom
Eu não quero saber
Você vai desdenhar
E vai perder
Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz
Pensando em te matar de amor ou de dor eu te espero calada