10 de nov. de 2013

outro poema de Ricardo Domeneck

É compreensível e até agradeço
pois um ADEUS longo
demais, que porventura dure 
mais que um segundo, acaba
arrastando-se pela vida toda, 
melhor seria não chegar
sequer à segunda vogal,
mas que você desaparecesse
com aquela consoante
linguodental, sim, aquele d, 
já que minha língua 
de agora em diante
há-de tocar somente
meus próprios dentes. 


Ricardo Domeneck

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