Há coisas inevitáveis. Outras passamos por burrice. Outras porque nem todo mundo que cruza nosso caminho sabe o significado das palavras sinceridade, lealdade, verdade. Eu evitei até onde pude sentar diante do computador para escrever sobre o fim, mas como diz uma amiga: é preciso sublimar.
Escrever também sempre foi um ato de vingança, de colocar pra fora minha revolta, minha tristeza. Vomito em palavras o que ainda ficou entalado no meio da garganta. No caso minha decepção. Eu não picharei seu muro, não escrevei cartas anônimas, nem mensagens inconvenientes no Facebook. Não faz o meu estilo, eu digo na cara, viro a mesa, mando ir para a puta-que-o-pariu sem pensar duas vezes. Mas quando eu digo "eu gosto de você", é porque eu realmente gosto de você. Em breve esse verbo estará no pretérito perfeito, não duvide disso.
Tudo tem começo-meio-fim, o fim na grande maioria das vezes é a pior parte. No entanto, mesmo assim há maneiras dignas de dizer adeus, tô indo, não dá mais, não é você que eu quero na minha vida. Nenhuma dessas frases é fácil de se ouvir, mas primeiro dói, depois a gente entuba a dor, ergue a cabeça e segue em frente. Mas, meias-palavras, coisa escondida, desculpas insólitas, sinto informar: não ajudam em nada, ainda que a "boa intenção" seja não magoar ninguém. Tá, e o inferno como anda?! Tudo isso caí por terra e a gente sofre, e a dor acaba virando ódio, e o ódio acaba virando mágoa, e o começo e o meio da história que foi lindo a gente se esforça pra esquecer. Afinal, o fim foi nojento.
Eu não sou fácil eu sei disso, como já disse a Fernanda Young, "nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu". Mas nunca obriguei ninguém a ficar do meu lado. Nem pedi para ser poupado das verdades da vida. Aliás, sempre admirei gente honesta, que diz o que quer, pensa, sente... doa a quem doer. Se ficar sozinho é o preço a pagar para ser como eu sou, eu banco. Alto de mais seria ter que fingir uma coisa que eu não sou, para ter você ou quem quer que fosse ao meu lado.
Não podemos controlar o mundo. Nem as pessoas. Então da próxima vez, que não será comigo, má-nem-fodendo!, não arme um mundo lindo onde todos saem felizes e contentes, enquanto um trocha acredita numa mentira, porque quando a verdade aparecer, o trocha sofrerá muito mais.
Para finalizar, no fim o que resta são os livros, as músicas e as lembranças que de algumas pessoas são recordações, de outras são fantasmas que nos assombram. E quando mais conheço os seres humanos, mais admiro os gatos, as cobras e as corujas...
Fim!
A vida é feita de pequenos encerramentos. São ciclos. Precisam ser fechados para que outro comece. Dói, e a dor deve ser sofrida mesmo. Sentida. Vivida. Assim, quando ela passar, o recomeço terá um sabor melhor. Bola pra frente...Abração.
ResponderExcluirMas já cansei de sofrer! Adoraria pular essa parte e ir logo pro recomeço rs
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