16 de jun. de 2013

enquanto esperava minha vez, olhava em volta, e via casais, pequenos grupinhos, alguns familiares. eu estava só, não era o único, mas isso me doeu. enfim, pode ter sido em decorrência do horário inviável para muita gente, (mas também pode ser que não!?). eu precisava me concentrar, mas não conseguia parar de pensar que eu gostaria de ter alguém ali, só para me desejar "boa sorte!" quando chegasse minha vez. não tinha. os votos de "sucesso", "boa sorte" etc... vieram antes via internet, ou na caixa de mensagens do celular; o último deles veio de uma cidade a mais de 3 mil quilômetros distante dali. eu sorri comigo mesmo, querendo chorar na verdade. e no fim, só me restou enfrentar tudo sozinho mesmo: cabeça erguida, um esforço tremendo para demonstrar tranquilidade, mas sagrando por dentro. a todo instante eu pensava: "você não está sozinho", mesmo que olhando em volta eu pudesse argumentar ao contrário. lembrei da música da Bethânia  dos rostos, sorrisos e amparos encontrados até aquele momento e segui adiante, querendo fugir de tudo aquilo. até poder virar as costas e voltar pra casa sozinho...


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