29 de set. de 2012

entre


Ele abre a porta e abre um sorriso desajeitado
vira as costas e vai embora
Ela abre a boca diz o que não deve
agora chora embaixo do chuveiro
O outro abre várias garrafas bebe demais
e não sabe se ri ou chora
Eles fecham o carro abrem o zíperes
o vidro embaça
Na esquina alguém não olha o sinal 
atravessa o carro não para
Elas dançam há horas abrem os braços
sorriem juntas
Um observa o outro 
observa muita coisa é dita sem precisar de palavras

Um comentário:

  1. Seguindo teu convite, entrei, fazia tempo que não vinha aqui e nem outro espaço dos amigos blogueiros... Poema lindo, jogo de cenas e palavras... Ou melhor, de ações... Bj.

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