23 de ago. de 2011

Maturidade?

Eu poderia ter lhe destruído com uma palavra. Duas no máximo. Mas, a frase foi interrompida antes da bomba atingir o seu peito. Amargo. Não engoli o resto da frase, não estou com nenhum sapo entalado na garganta. Silenciei e tudo o que poderia lhe desestabilizar se desfez.

No fundo eu ainda não entendo como existem pessoas que são quase exclusivamente amargas, estúpidas, mal humoradas. Que pena, mas provavelmente ela não saiba o que é rir de uma piada sem um pingo de graça, ou, fazer a piada sem graça. Pior de tudo, não deve nem rir de si mesmo. Eu sei. Eu rio, eu conto piada sem graça e falo muita besteira nas horas certas e nas erradas também. Melhor de tudo quase sempre o alvo de tudo isso sou eu mesmo.

Tanto que estava mais uma vez tirando uma comigo mesmo. Todos riram. Menos a dona da autoconfiança, autossuficiência, seriedade. Eu não lembro as suas palavras, é que só tenho guardado comigo o que tem serventia, no entanto, pela resposta que pensei em retribuir não deve ter sido coisa boa.

No momento, só lamento que essa criatura, como tantas outras, não conheça algo como senso de humor, simpatia, loucura. Espero que esses seres nublados descubram rapidamente como ser feliz. Sabendo é claro que felicidade está além do saldo na conta bancária, ou, no limite do cartão de crédito.

Mas o que me deixou surpreso e ainda mais feliz, porque não seria uma resposta mal-amarga da dona fulana que estragaria meu humor, foi o fato de eu ter segurado a contra resposta bem da grosseira. Até mesmo porque costumava soltar essas e outras respostas que não foram das mais doces sem pensar duas vezes. E, eu costumava ser ótimo em destruir qualquer um apenas com meia dúzia de palavras. No entanto, devo ter mudado. Será que é isso que chamam maturidade?

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