23 de out. de 2010

uma verdade (atual)

ou a carta que não foi enviada
(retirado do caderno vermelho)

eu queria te contar uma coisa: acho que eu descobri o que pode ser chamado por alguns de segredo, caminho, ou receita; mas que eu prefiro chamar de verdade atual. mas, que como tudo na vida (na minha especialmente) pode ser que seja momentânea, e assim pode de repente acabar, passar, ou ainda, ser substituída por uma nova verdade descoberta daqui a um tempo, ou então, durar por muito, muito tempo; eu sinceramente não sei.

você deve se lembrar que eu sempre lutei pelo direito de mudar de ideia, de voltar a trás e de desdizer algo que tenha perdido o sentido para mim. Então o que eu digo agora poder ser desdito na semana que vem, lembre-se da música da rita lee, eu sou um mutante. mas vamos ao assunto (pois já fiz alguns rodeios), acho que a verdade (atual) é que eu descobri que nunca estive pronto para me soltar, para simplesmente ir, de partir sem medo para qualquer canto, para qualquer terra, ou um outro lugar.

claro! eu sempre gostei e ainda gosto muito de viajar, mas eu estou falando de não ter amarras a ponto de não me prender a um ponto qualquer. por que lá não pode ser melhor que aqui? diferente sempre será, seja qual canto for, será um novo ar, clima, vizinhança, cheiro, vida.

o meu caminho sempre foi o de ida. porém quando eu ia, era em busca do meu futuro, dos meus sonhos, e do novo, mas os pés sempre permaneceram no chão, no meu chão. no canto onde nasci, cresci, mudei, sofri, e sorri, muito. havia sempre as minhas amarras, meu cantinhos especiais as lembranças do passado, a família, os amigos, meus estudos. havia desculpas e motivos para pensar duas, três, milésimas vezes. ir ou não ir?

na maioria das vezes não fui. fiquei. e não me arrependo. juro!

mas agora, algo mudou, é hora de me desprender, de partir sem pensar duas vezes. de seguir caminhos que ultrapassam os campos que a vista pode enxergar daqui da janela. se me perguntasse: tô indo em busca de novas paisagens, você vem comigo? sei que se ainda sentisse o que costumava chamar de amor, eu simplesmente iria.

e essa foi a verdade que descobri e que se tornou a minha verdade atual, nunca me prendi a ninguém porque nunca estive pronto para me soltar, para cortar o cordão que ainda existia há pouco tempo. nunca estive pronto pra seguir ninguém pelos caminhos, mundo afora, talvez por isso, nunca nunca tenha me apegado a alguém, a quem quer que seja, mesmo quando eu sentia o que costumamos chamar de amor.

agora eu sei que não há mais amarras, que estou livre. tão livre a ponto de poder me prender a alguém. e poder afirmar o que já sonhei em diversas vezes. que o meu canto é em qualquer lugar do mundo, bastando estar com a cabeça encostada no peito e entre os braços de quem eu irei simplesmente chamar de amor.

4 comentários:

  1. Pq não postar? Ou a verdade já foi dita de outra forma?
    Bj*

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  2. Que surpresa boa teu blog, menino!

    Amei te descobrir!

    Bjs

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  3. Oi Carlos, tudo bem?
    Menino, ficou lindo e a melhor coisa que há estar encostado no peito da pessoa que possamos chamar de meu amor. Tão bom, rs
    Gente, eu tô relapso né? rs Pensa na correria q tô depois q voltei das férias,rs.
    Eu quero ouvir aquilo e um pouco mais, rs.
    Ai menino, brigado, rs
    E espero tbm me apaixonar logo, mas estou tranquilo em relação a isso, aprendi que tudo acontece no momento certo, se ainda não apareceu ninguém é pq esse momento ainda não chegou.
    Bjo

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  4. Que bom poder desprender-se na certeza de que, ainda incerto, o melhor caminhar é deixar-se ir...

    Abraços!

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