18 de jun. de 2010

Saramago!




"Bem me queria a mim parecer que a história não é a vida real, literatura, sim, e nada mais"

José Saramago

11 de jun. de 2010

"Se o amor não nos quiser, então azar do amor, não soube nos amar..."

Foi você me olhar de lado e eu ao lado doido para confessar...

Ok, acho que dessa vez aprendi!

Errar uma vez, é humano. A segunda, já é bobagem. A terceira... já é burrice!
Acho que burro eu não sou. Então, acho dessa vez eu aprendi, e não haverá a terceira!!!
Se houver, ok a culpa novamente é apenas e toda minha!

10 de jun. de 2010



amanheceu,

o sol que vejo através da janela,
desperta em mim o desejo de arrastar
a cama
e o computador para a varanda,
com a esperança de sentir um pouco mais de calor.
de onde estou,
apenas vejo sua luz que ilumina as paredes claras,
mas quero mais,
quero sentir seus raios quentes sobre a pele,
que eles me envolvam e me aqueçam,
espantando o frio,
e
derretendo o gelo,
espero que o sol possa fazê-lo,
pois eu já não sei se posso contar com teus braços.


5 de jun. de 2010

Nossas tristezas do amor ausente...

O lugar vazio, a alegria que não pode ser compartilhada, nem as dores divididas, o peso da ausência e a espera de uma eternidade. Compartilho-as com a poetisa da solidão e da saudade, inclusive, da saudade daquilo que nunca tivemos.


Minha tristeza é não poder mostrar-te as nuvens brancas,

e as flores novas, como aroma em brasa,

com suas coroas crepitantes de abelhas.


Teus olhos sorririam,

agradecendo a Deus o céu e a terra:

eu sentiria o teu coração felizmente

como um campo onde choveu.


Minha tristeza é não poder acompanhar contigo

o desenho das pombas voantes,

o destino dos trens pelas montanhas,

e o brilho tênue de cada estrela

brotando à margem do crepúsculo.


Tomarias o luar nas tuas mãos,

fortes e simples como as pedras,

e dirias apenas: “Como vem tão clarinho!”


E nesse luar das tuas mãos se banharia a minha vida,

sem perturbar sua claridade,

mas também sem diminuir minha tristeza.


Cecília Meireles

4 de jun. de 2010

Entre caminhos incertos.



Sinto-me como se estivesse em uma corda bamba, o corpo já não obedece mais, o coração está disparado, o boca seca, e a única coisa que sinto é o vento frio que bate contra meu rosto. É como se esta corda estivesse em um precipício, não há escolhas, ou retorno a segurança do ponto de partida, ou sigo diante sabendo de todos os ricos que o outro lado ainda desconhecido me reserva.

Não há atalhos, não há como esperar ou adiar para depois, para quando tudo parecer mais conveniente, o meu alvo está ali, bem a minha frente, o que me afasta é o medo de me arriscar, o medo do novo e também de saber que ao enfim chegar lá, poço encontrar tanto uma mão me acolha, bem como essa mesma mão pode dar o impulso final, para que eu despenque, encontrando o que há depois do fim, depois do conhecido, além da dor.

Este alvo, parece estar tão próximo, parece que assim como eu ambiciona-me, é além de tudo belo, há duas escolhas, entre as duas, uma é mover a perna e dar um passo adiante, a outra recuar, dando um passo para atrás.

Minto há ainda uma terceira opção, ficar equilibrando-me sem avançar ou recuar, fingir que não estou ali e ainda que aquela é uma situação se não confortável, ao menos possível; porém torna-se inevitável, e não necessito de muito tempo para perceber que esta não é uma situação nem mesmo possível. Nenhum equilíbrio é duradouro, nenhuma vida acontece na inércia e nada se conquista tentando-se permanecer sem tomar decisões, inerte, livre do peso das decisões. Avançar ou recuar os caminhos bifurcam-se na minha frente, resta-me apenas escolher qual seguir.

Daí me senhor, a imprudência dos rebeldes, a coragem dos decididos e a magnifica loucura dos insanos. Que tenha a coragem de avançar por esta maldita linha dos caminhos incertos, e ainda que ao vim dela encontre a mão amiga que me acolherá na chegada. Mas se infelizmente este for um caminho ao qual não valha a pena percorre-lo e ao seu final, eu encontre simplesmente ausência daquilo que me sustentava, e despenque em um abismo, que eu ao menos tenha a capacidade de assim como Clarice, dizer: “-e daí? Eu adoro voar!” e saiba depois de tudo, levantar-me.